O acesso a formação e a
novas competências é, para um número crescente de profissionais portugueses,
mais importante do que um aumento salarial. A conclusão resulta da análise dos
dados do último Kelly Global Workforce Index, realizado pela consultora de recursos
humanos Kelly Services, que revela que “muitos profissionais parecem estar
dispostos a abdicar de salários mais elevados e da oportunidade de ascensão na
carreira face à oportunidade de adquirir novas competências, melhorar o
equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional e até a hipótese de realizarem
funções com um compromisso social”.
Para as organizações que
ainda estão convictas de que um bom salário retém trabalhadores, Afonso
Carvalho relembra: “apesar do salário constituir ainda um importante elemento
no recrutamento e retenção de profissionais, estes valorizam de forma clara o
seu crescimento em termos profissionais e a relação desta vertente com o
seu tempo e relações pessoais”.O Kelly Global Workforce Índex é realizado
anualmente e analisa o emprego e o ambiente de trabalho nos vários países onde
a consultora opera, entre as quais se inclui Portugal. Na edição deste ano
participaram 13 mil profissionais portugueses, num total de 230 mil
profissionais de 31 países.
Melhorar o equilíbrio
entre a profissão e a vida familiar é outra das prioridades dos profissionais,
a par com o desenvolvimento de atividades de carácter social. Em ambos os
casos, Portugal volta a destacar-se figurando qualquer um destes aspectos como
prioritários para um número significativo de portugueses, quando comparados com
profissionais de outros países europeus. Para Afonso Carvalho, diretor geral da
Kelly Services, os resultados do estudo global realizado pela consultora deixam
claro que “as organizações mais atrativas são as que oferecem mais do que
salários e benefícios competitivos” aos seus profissionais. O diretor elenca a
preferência dos profissionais por empresas que “oferecem a oportunidade de
desenvolver competências e evolução do profissional no desempenho das suas
funções”.
Publicado por: Ana Sofia Morais
É muito gratificante saber que em Portugal, os trabalhadores estão cada vez mais preocupados em garantir a sua formação em detrimento da sua progressão na carreira ou aumentos salariais.
ResponderEliminarFicamos estupefactos ao ler esta notícia pela ideia geral que toda a sociedade tem dos trabalhadores portugueses, que trabalham melhor quando têm remuneração mais alta. O que mais nos supreendeu foi Portugal ser dos países europeus com maior índice neste aspeto, apesar da sua conjuntura económica desfavorável.